Poríferos-Classes

Classificação do Filo Porífera


  • Classe Calcarea (calcis, calcário) (calcispongie). Apresenta espículas de carbonato de cálcio que, frequentemente, formam uma franja ao redor do ósculo (saída principal da água); espículas aculeiformes ou com três ou quatro raios; todos os três tipos de sistemas de canais (asconoide, siconoide, leuconoide) estão representados; todas marinhas. Exemplos: Sycon, Leucosolenia, Clathrina.
  • Classe Hexatinelida (hex, seis, + aktis, raio + -ellus, sufixo diminutivo) (Hyalospongiae). Apresenta espículas silicosas de seis raios que se estendem em ângulos retos de um ponto central; espículas frequentemente unidas formando uma malha; corpo frequentemente cilíndrico ou em forma de funil; câmaras flageladas em arranjo siconoides simples ou leuconoide; maioria com habitat de águas profundas; todas marinhas. Exemplos: a cesta-de-vênus (Euplectella), Hyalonema.
  • Classe Demospongiae (demos, povo, + spongos, esponja). Apresenta espículas silicosas que não têm seis raios, ou espongina, ou ambos; sistemas de canais do tipo leuconoide; uma família encontrada em água doce; todas as outras marinhas. Exemplos: Amphimedon, Cliona, Spongilla.
  • Classe Homoscleromorpha (homos, igual, + skleros, duro, + morphe, forma). Previamente considerado como um subgrupo de Demospongiae; espículas  podem estar ausentes como em Oscarella; se presentes, as espículas são pequenas, simples em relação a sua forma, e não formam ao redor de um filamento axial; pinacoderme com uma clara membrana brasal. Exemplos: Oscarella, Corticium.

Casse Calcarea (Calcispongie)

As Calcarea são esponjas calcárias, assim denominada por suas espículas serem compostas de carbonato de cálcio. Essas esponjas tendem a ser pequenas e tubulares ou vasiforme. Elas podem ser asconoide, siconoide ou leuconoide em suas estrutura. 
Na imagem a seguir é representado três exemplos de gêneros dessa classe; Sycon -formas marinhas de águas rasas-, Leucosolenia -esponja asconoide pequena que cresce em colonias ramificadas- e Clathrina -uma esponja pequena com tubos entrelaçados-, respectivamente.

Classe Hexactinellida (Hyalospongiae)

Quase todas são formas de mares profundos que são coletadas por dragagem. A maioria é radialmente simétrica, com corpos em forma de vaso ou funil, geralmente fixa em um substrato por base de espículas de raiz . Seus tamanhos variam entre 7,5 cm até 1,3 m em comprimento.
A estrutura de seu tecido, sincicial, difere nitidamente das outras esponjas. Os sincícios são produzidos pela fusão de muitas células, ou por divisões repetidas do núcleo celular sem a divisão do citoplasma da célula. Seu corpo é composto por um único tecido sincial contínuo denominado rede trabecular. 
Exemplo: a cesta-de-vênus (Euplectella), representada na figura a seguir.


Classe Demospongiae

Contém 95% das espécies de esponjas atuais e inclui a maioria das esponjas maiores. As espículas são silicosas e podem estar ligadas umas as outras por esponginia ou estar ausentes. 
As demospongiae marinhas são bastante variadas, algumas são incrustantes, algumas altas e digitiformes, algumas são baixas e esparramadas pelo substrato, algumas perfuram conchas e algumas apresentam forma de leques, vasos, almofadas, bolas.
Esponjas de água doce estão distribuídas amplamente em lagoas e riachos bem oxigenados; elas são facilmente encontradas no verão ou outono. Elas também se reproduzem sexuadamente, mas os genótipos existentes podem reaparecer anualmente das gêmulas. Elas morrem e se desintegram no fim do outono, formando gêmulas para sobreviver no inverno e produzir população no próximo ano.
Na imagem a seguir é representado o gênero Spongilla, o mais comum de água doce.



Fonte: MATEUS, Almicar. Fundamentos da zoologiaIn: Esponjas e Placozoários. Portugal: 1989, P. 255-267.

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